« Aprendi que eu não posso exigir o
amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter
paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto
certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu
jamais conseguirei convencê-las. (...) Aprendi… Que vai demorar muito para
me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência. Mas,
aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei. Aprendi
que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por
eles. Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer
naquele momento, independentemente do medo que sente. Aprendi que perdoar
exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue
expressar isso. Aprendi… Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio
justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho
o direito de ser cruel. Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos
são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse
convencê-la disso. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em
quando, e que eu tenho que me acostumar com isso. Que não é o bastante ser
perdoado pelos outros, eu preciso me perdoar primeiro. Aprendi que, não
importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa
disso. Eu aprendi… Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis
pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto. Aprendi
que numa briga preciso escolher de que lado eu estou, mesmo quando não quero me
envolver. Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se
odeiem; e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se
amem. Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão
se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que a minha
existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu
nunca vi antes. Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais
respeitável ou mais sábio. Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido,
quando usadas sem critério. E que amigos não são apenas para guardar no fundo do
peito, mas para mostrar que são amigos. Aprendi que certas pessoas vão
embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para
sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil,
não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que
acredito. »
William Shakespeare
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