sábado, 9 de julho de 2011

Há um tempo para tudo ~

E nem sempre conseguimos respeitar o espaço do outro. O espaço que cada pessoa precisa. Que funciona que nem a nossa casa, onde precisamos de um tempo para tudo, para limpar cada canto, para colocar cada pormenor no sítio mais indicado, para ver em que centímetro quadrado cada pequena coisinha encaixa na perfeição.. Precisamos limpar o pó, passar o pano molhado em água limpa como quem precisa refrescar as ideias, encerar o chão para lhe dar um novo brilho como quem precisa de procurar em si algo que se assemelhe a uma força motivadora que o leve em novas direcções, ou nas mesmas mas com novos objectivos. Quem está por fora, deve saber respeitar o tempo de arrumação do outro. Caso assim não seja, a meu ver, as relações de amizade ficarão casa vez mais turbulentas, mais conflituosas, tão saturadas que nem a tinta do pincel quando teima em não aderir ao papel, tão confusas que nem um quarto desarrumado onde tu olhas, tens vontade de começar, mas não sabes por onde lhe pegar. Tiras daqui, colocas além mas por muito que faças a confusão teima em persistir. No quarto, é o excesso de materialismos ou desorganização. Nas relações, é o excesso de quereres, de tentar levar a nossa avante, de tentar possuir, de não deixar o tempo correr, as ideias fluir, de tentar mostrar em cada segundo aquilo que somos e o quão importante somos. Quando muitas vezes, o que é realmente importante, se encontra nas entrelinhas sem grandes exibicionismos, sem grandes procuras, sem grandes pressas, sem grandes necessidades de amostras.

E ainda se tentam resolver problemas de conteúdo quando persistem cada vez mais problemas na relação, muitas vezes causados eles próprios por excesso de metacomunicação.

E na vida, há um tempo para tudo ~

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