terça-feira, 27 de março de 2012

Anda comigo ver os aviões levantar voo 
A rasgar as nuvens 
Rasgar o céu  
Anda comigo ao porto de leixões ver os navios
 a levantar ferro 
a rasgar o mar 
 Um dia eu ganho a lotaria 
Ou faço uma magia(mas que eu morra aqui)
 Mulher tu sabes o quanto eu te amo,
 O quanto eu gosto de ti 
E que eu morra aqui
 Se um dia eu não te levo à América
 Nem que eu leve a América até ti


Azeitonas

(esta música faz-me suspirar. O amor assim é bem bonitinho.)

domingo, 18 de março de 2012

Há palavras que ferem mais que um punhal, que arrancam uma parte de nós e não a devolvem.
Sinto-me desorientada, sem direção. Aqui sentada na cama penso: Que razões tenho eu para sorrir, depois de ter ouvido um suposto monte de verdades?! De que me vale o esforço?
Sinto-me uma parasita inútil, que nunca vai chegar a metade do trajeto que me traçaram.
Pensei que valia um pouco, afinal o meu valor ronda um pouco menos de nada.

sábado, 17 de março de 2012

O saber sorrir, é uma espécie de um dom, conseguir formar uma curva labial mesmo quando não temos vontade, nem força para o fazer. Esta arte encanta Gregos e Troianos e torna-se contagioso, passamos a receber sorrisos por onde passamos. 
Não sei se algum dia tive este dom, mas se já foi meu, agora ando a perder-lhe o fio à meada, não me apetece sorrir, nem 'encantar' quem esteja comigo. 
Sou a Rainha do Mau Feitio e o mais certo é este reinado manter-se. Por este andar quem não me conhece, vai ficar a detestar-me e quem me vai conhecendo ainda se vai arrepender do dia em que entrei na sua vida.
É sem dúvida mais fácil manter-nos à margem da sociedade do que (tentar) fazer parte dela.

terça-feira, 13 de março de 2012

Um grande, grande amor*

Já aqui escrevi que invejo a minha namorada. Não por causa das pernas dela (são bem bonitas, mas acho que as minhas também não são nada de deitar fora), mas porque ela é capaz de não sofrer pelo futebol. Ela é capaz de, simplesmente, “não ligar”. Eu não sou assim.
Eu sofro e nunca deixo de acreditar. Por isso, tive que mandar para um certo sítio um colega meu que me disse, meio no gozo, na última 5a feira “Então, hoje sofres o primeiro golo aos quantos segundos?”. Não tive filtro. Saiu-me logo um “vai para ******!”. Só depois pensei “E se um microfone estava ligado?” Não estava. Boa. Ainda tenho emprego. Ora bem: eu acredito sempre que o Sporting vai ganhar.
Seja em futebol, andebol, ténis de mesa, atletismo ou um velhote a jogar dominó nas mesinhas da Alameda D. Afonso Henriques (desde que ele seja do Sporting, claro). E tinha a certeza que era isso que ia acontecer contra o Manchester City. Eles têm dinheiro? De facto. Mas milhões de €€€ podem comprar jogadores, mas não compram raça, atitude, querer, vontade. E, caramba!, se houve tudo isso naquele fim de tarde. (Por falar nisso, senhores da UEFA, marcar um Sporting/Manchester City para as 18h é quase tão criminoso quanto pôr o Messi a lateral-direito). Vi uma equipa à imagem do treinador. A jogar, não de suspensórios (e um aplauso para essa opção fashion de Sá Pinto), mas com garra. Sem medo de nomes e com vontade de calar todos aqueles que falaram numa “possível vergonha” que podia resultar desta eliminatória. Vergonha, meus amigos? Não. Orgulho. Muito orgulho. E um casaco rasgado. [Aviso: não levar casacos compridos para o futebol. Podem prender-se nas cadeiras e se, por acaso, houver um golo do Sporting, podem rasgar. Se esse golo for de calcanhar, então rasgam de certeza. Mas esse golo vale muito mais que os 7,5€ que vou ter de pagar à costureira].
Adoro ver futebol. E confesso que gosto de notar nos pequenos pormenores no futebol. E a união que vi na 5ª feira, voltei a ver no Domingo. Mais do que os 5 golos, vi festejos no banco, uma policia que teve medo do penalty de Marat, beijos entre jogadores e um abraço de Sá Pinto a Jeffren capaz de pôr um calhau insensível com um sorriso. Por motivos profissionais, não pude ir ver o jogo ao vivo. Tive pena. Mas não sei se o meu casaco sobrevivia a 5 golos.
                                                                                                                    Vasco Palmeirim

Ás vezes dá vontade de mandar calar e dizer: Os grandes jogos, que agora temos visto, aqueles cheios de surpresas, foram protagonizados pelo Sporting e se isso não faz dele um grande clube, então peço desculpa, mas não há grandes clubes em Portugal.

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