sábado, 15 de outubro de 2011

Como eu ando viciada *.*

« Ouvia hoje o Ribeiro Cristovão na Renascença
dizer que Portugal podia carimbar em Copenhaga
o caminho da felicidade.
Acredito que muitos de vós gostariam de estar a caminho de casa
sem stress...
já a preparar os snacks e as bebidas
para o jogo de hoje.
E no entanto, estão aqui.

Estão aqui porque acreditam que ainda vão chegar a tempo...
e acima de tudo, estão aqui porque sentem que não poderiam deixar de estar.

É o que dizem os vossos olhos.
Que sorriem.

Estão aqui porque gostam do Daniel,
gostam do Alta Definição,
gostam da forma como ele retira o melhor das pessoas...
da forma como as pessoas lhe abrem o coração.

Estão aqui... porque estando ou não nos 20 escolhidos para este primeiro livro
fazem parte da história do Alta Definição.
Ou até, os fãs, que têm manifestado tanto entusiasmo desde que o livro foi anunciado...
estão aqui porque o programa tem sido verdadeiramente inspirador.

Não se racionaliza muito. Sente-se.
E faz sentido. Porque este é um programa de emoções.
E este é um livro de emoções.
E emoções... é muito mais do que lágrimas.

Ainda recentemente quando entrevistei o Daniel, a preocupação de muitos
era saber se eu conseguiria fazê-lo chorar.
E é natural... porque as lágrimas são uma poderosa linguagem.
Mas admito que não era o objectivo.
Até porque emoções, como diz o Roberto Carlos...
"é estar aqui, vivendo esse momento lindo...
Se chorei ou se sorri
O importante
É que emoções eu vivi..."
---
Porquê o livro?
E porque não?
Como diz o Daniel a televisão passa muito depressa...
e as palavras nas páginas de um livro não.
A televisão é efémera.
O livro é eterno.
Pode ser lido e relido.
Está mais acessível, pode estar sempre presente.

Eu, eventualmente como muitos de vós, não tive oportunidade de ver todos os Altas...
ou sequer aqueles de que vi a promoção e que gostaria de ter visto...
E este livro dá-me o essencial, sem ter de perder muito tempo à procura dos videos na Internet.
Para mim até é melhor, porque na palavra escrita retenho ainda mais as frases marcantes destes testemunhos... tal como elas foram ditas.
Com todo o significado que lhes foi impresso... e sem perder a referência aos momentos de pausa, de riso e de emoção.
E neste livro há casos surpreendentes.
Estão aqui histórias de forte impacto... com que o publico facilmente se identifica por ter passado por situações semelhantes.

Momentos em que a expressão "o que dizem os teus olhos?" poderia ser:
"Porque choram os teus olhos?"
Ou até
"Porque choram os teus olhos quando vêem chorar os meus?"

Inevitavelmente um pai ou uma mãe, anónimos, que tenham enfrentado a dificil situação
de tentar resgatar um filho toxicodependente
se emocionam quando ouvem a Oceana Basílio dizer que ouviu dos pais:
"A partir de agora para nós morreste. Esquece que nós existimos".
Porque na verdade, esta rejeição é uma dura prova de amor
e a última tentativa de salvação.

No caso do António Feyo... uma entrevista dada uma semana depois da morte da irmã
e no dia em que morreu Patrick Swayze de cancro no pâncreas...
Feyo sabia que estava a dar um testemunho importante também para outros que enfrentavam a mesma batalha.
" Espero que seja um exemplo de sucesso. Se não for, pelo menos que fique bem claro que eu dei luta até ao final".

Tal como Simone. Um exemplo de força, determinação, na vida e perante a doença.
Com muito teatro como ela própria admite... mas da maneira que ela
encontra para seguir em frente, sendo a Simone que todos conhecemos.
Transmitiu uma mensagem muito forte para outras mulheres que passam ou passaram
pelo mesmo.

Lembro-me bem do Vitor de Sousa e da forma tranquila e natural com que falou de coisas que só a ele pertencem...
Não tinha de as partilhar... mas fê-lo. E revelou mais do que tinha revelado anteriormente. E muitos dos que o viram lhe agradeceram, interiormente, por isso.

E no caso do João Ricardo?
O murro no estômago ao ouvi-lo dizer que viveu na rua.
Ou do que ficou por dizer à mãe, com quem raras vezes esteve, em vida.

Tal como o Quim Barreiros, que perdeu a mãe aos 16 anos...
e que se emocionou como poucos. E que nos emocionou.

E ainda o Artur Agostinho, que à medida que ficava mais velho e perdia
os seus amigos, dizia que era impossível de repor... por cada 10 que perdia conseguia fazer um novo amigo.

Tantos testemunhos.
Tão importantes.
Para nos fazer pensar.

Eu não contei, mas parece-me que os momentos em que se faz referência aos risos é ainda maior do que aos " emociona-se".
E por isso...
O que dizem os teus olhos...
também poderia ser:
“Porque riem os teus olhos?”

Até porque são entrevistas que de uma maneira ou outra, são sempre levadas a bom porto...
e nos trazem, a nós que as damos, uma verdadeira sensação de paz. E a quem as vê um genuíno sentimento de proximidade, pela partilha.
Além disso, dá-nos algo que vai sendo raro por estes dias...
a certeza de termos sido respeitados.

Obrigada Daniel. Por mostrares como se faz. » Clara de Sousa

 

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