"O que mais dói é a subfelicidade. A felicidade 
mais ou menos, a felicidade que não se faz felicidade, que fica sempre a
 meio de se ser. A quase felicidade. A subfelicidade
 não magoa – vai magoando; a subfelicidade não martiriza – vai 
martirizando. Não é intensa – mas é imensa; faz gritar, sofrer, saltar, 
chorar – mas em silêncio, em surdina, em anonimato. Como se não fosse. 
Mas é: a subfelicidade é. A subfelicidade faz-te ficar refém do que tens
 – mas nem assim te impede de te sentires apeado do que não tens e 
gostarias de ter. Do que está ali, sempre ali, sempre à mão de semear – e
 que, mesmo assim, nunca consegues tocar. A subfelicidade é o piso -1 da
 felicidade. E não há elevador algum que te leve a subir de piso. Tens 
de ser tu a pegar nas tuas perninhas e a subir as escadas. Anda daí. 
(...)"
terça-feira, 7 de agosto de 2012
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