quarta-feira, 8 de maio de 2013

Quando o tempo teima em não voltar

O tempo passa e, por vezes, por muito que pensemos no que passou, no que se viveu, nas recordações dos bons momentos que ficaram, eles teimam em não voltar. Nem sempre sabemos como lidar com as coisas, como dar a volta, como agir ou mesmo o que dizer. Falamos de cabeça quente, com o orgulho entranhado.. Dizemos o que queremos, o que não queremos.. Tentamos encontrar justificações para aquilo que, aos nossos olhos, foi mudando. Dizem-nos que nada mudou, que tudo continua no mesmo ponto em que sempre esteve. Dizem-nos que continuam lá, lado a lado, que têm uma mão para dar e um abraço apertado. No entanto, é em cada minuto de cada dia que as palavras teimam em não vir, o silêncio vai ficando, a cumplicidade vai-se perdendo e parece que tudo vai mudando. E mesmo que metas o orgulho de lado, parece que tudo vai voltando.. No entanto, o tudo adquire cada vez mais um carácter temporário e limitado. Questionaste sobre a importância que tudo teve para ti e tudo teve para a outra pessoa. Questionaste sobre a saudade, a falta, a vontade de querer ouvir.. Não sabes se deves continuar ou simplesmente deixar o tempo passar. Não sabes se deves ficar ou se deves ir. Não sabes com o que podes contar.. E, a certeza do 'Bom dia' vira a dúvida do 'Até já'. Ages como criança, fazes birra, tens ciume, bates o pé e, acima de tudo, sentes falta. Ages por orgulho, metes os pés pelas mãos mas, acima de tudo, apenas queres de volta os sorrisos, a empatia, a presença, a partilha.. E se o orgulho faz com que a outra pessoa se afaste, o afastamento antecipado do outro faz com que tu própria sintas que está na hora de te afastar.

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