domingo, 14 de novembro de 2010

' Sonho.


« O banco de jardim sentado na calçada disse-me que durante anos observou o miúdo que saltava para a árvore das caixinhas.
Havia caixinhas de chocolates, rebuçados, brinquedos, sucesso, muitas caixinhas! Mas a caixinha que ele queria estava bem alto na árvore; era a caixinha do sonho.
No chão, estava caída a caixinha da vida mas o pequeno rapaz ignorou-lhe a importância, porque já estava ali, era demasiado fácil, demasiado aborrecida a tarefa de apenas ter a vida na mão.
Então saltou, saltou. Demorou anos a crescer o suficiente para que os seus saltos chegassem bem lá ao cimo da árvore, conseguindo retirar a caixinha desejada e abrindo-a extasiado.
Perguntei ao banco: E depois? O que aconteceu?
Ele abriu a caixinha e teve o sonho na mão. O vento levou o sonho. Ele ficou com a vida e correu atrás do vento. »

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seguidores